CURSOS DE FORMAÇÃO – TENTATIVAS DE RESPOSTA A UMA POPULAÇÃO FRAGILIZADA SOCIALMENTE – Pastoral dos Ciganos

CURSOS DE FORMAÇÃO – TENTATIVAS DE RESPOSTA A UMA POPULAÇÃO FRAGILIZADA SOCIALMENTE

Desde os primeiros contactos com a população cigana que, na sequência de diálogos francos, apostámos na alfabetização de adultos e na matrícula das crianças nas escolas, com o objectivo de que estas pudessem conseguir a escolaridade.

Acreditámos que esta preparação escolar abriria a possibilidade de ampliar e diversificar conhecimentos, contribuindo igualmente para uma futura preparação profissional e, desse modo, se rasgavam caminhos para que estas pessoas se reconhecessem e fossem reconhecidas como cidadãs de pleno direito.

Alguns anos decorridos e constatando que muitos jovens adultos estavam longe de ter conseguido completar a escolaridade obrigatória, o SDL investiu em projectos, viabilizados pelos Fundos Comunitários, que possibilitaram o complemento da escolaridade, a par da formação profissional, em sala ou em contexto de trabalho.

A adesão à proposta foi clara, por parte das famílias, que permitiram a deslocação de filhos/as, num gesto de confiança para com a Instituição. Assim sendo, aceitaram que os/as jovens passassem os dias inteiros nos nossos Centros, mesmo que estes se situassem longe dos bairros de habitação. Do mesmo modo aceitaram que, posteriormente, fizessem estágios no exterior e/ou experiências de trabalho por conta de outrem, em diversas empresas.

Foram experiências muito ricas, que conduziram alguns/mas destes formandos/as à inserção no mercado de trabalho.

Infelizmente, a lei em vigor não permite recrutamento para formação profissional com vertente de escolaridade, no pressuposto que todos(as) a adquiriram já. Isso determina a impossibilidade de continuar estas frentes de trabalho, uma vez que a grande maioria destes rapazes e raparigas não possui a escolaridade obrigatória.

Tentando, apesar de tudo, continuar um caminho de valorização, não apenas com a população cigana, mas com toda a outra que, vivendo nos mesmos bairros, apresenta idênticos problemas, têm-se organizado pequenas formações ou cursos de competências básicas.

Sabemos, no entanto e a população também o sabe, que este caminho é insuficiente. É necessário que as entidades oficiais olhem de frente o problema de centenas de jovens desocupados e, com coragem, lancem programas que, efectivamente, respondam às suas necessidades e lhes perspectivem plena inserção no mundo do trabalho e o exercício de cidadania plena.

Seguem-se quadros de algumas acções desenvolvidas, ao longo dos anos, pelo SDL, sendo que na GALERIA publicam-se algumas fotografias que ilustram essa actividade.

QUADROS COM CURSOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PELO SDL

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